A pandemia do coronavírus (Covid-19), que atinge o mundo desde dezembro de 2019, já é a mais grave crise humanitária do século, provocando grande índice de miserabilidade e atingindo, sobretudo, a população de maior vulnerabilidade social.
A emergência sanitária reforçou à população a importância de investir nos serviços públicos essenciais e na valorização dos(as) servidores(as) públicos(as), especialmente aqueles(as) que se encontram na linha de frente no enfrentamento à pandemia. Além disso, a pandemia mostrou que é preciso viabilizar as medidas sociais e econômicas que mantêm o país funcionando e garantem que os direitos cheguem a todos(as).
O número de mortos(as) pelo coronavírus, no Brasil, é catastrófico: são 198.974 vítimas, sendo quase 8 milhões de infectados(as). No estado do Rio de Janeiro, já são 26.068 mortos(as) e quase 450 mil infectados(as).
Diante deste cenário, é urgente que o governo tome as atitudes necessárias para interromper o crescimento dessa onda mortífera e garantir a vacinação para toda população brasileira. Diversos países já iniciaram o processo de imunização de suas populações por meio da vacinação massiva. Contudo, no Brasil, enfrentamos a pandemia seguindo a linha negacionista e de total falta de uma política de controle e de vacinação.
Nosso país é um dos poucos a dispor de uma base produtiva e tecnológica em vacinas. Dois dos maiores produtores mundiais estão aqui: o Instituto Butantan (São Paulo) e o Instituto Bio-Manguinhos, na Fundação Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro). A base produtiva e o esforço de ação são coordenadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas três esferas de governo, permitindo que o Brasil tenha um dos melhores e mais abrangentes programas de imunizações do mundo.
Infelizmente, todo esse acúmulo de competências está colocado em xeque pela ineficiente condução do governo federal, que vetou a autorização prévia de gastos não vinculados às receitas para a vacinação ampla. Além de não fazer um plano de vacinação e nem se comprometer com compras dos insumos básicos necessários para a imunização. O governo não só nega a doença, como também age contra o seu combate.
O Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (FOSPERJ) e todas as entidades que o representam unem-se no combate à pandemia da Covid-19 e defendem a vacinação para toda a população brasileira. O primeiro passo é lutar pela derrubada do veto presidencial sobre os gastos com a vacinação, usando todas as instâncias e poderes para que se reverta essa decisão absurda. É fundamental a mobilização da sociedade para que a vacinação seja efetivada com urgência e sem qualquer empecilho.