Chegamos à triste marca dos 500 mil mortos por Covid no Brasil

A cada 425 brasileiros, um foi levado pela pandemia. Isto porque o Brasil atingiu nesta semana a marca de 500 mil mortos pela Covid-19.

Diante das mais de 500 mil vidas que se foram, o Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (FOSPERJ) ressalta que, para além dos números, são mães, pais, filhos, irmãos, tios, primos, amigos e colegas de trabalho morrendo por falta da vacina e de políticas públicas efetivas no combate à pandemia.

Desde o começo, o FOSPERJ, assim como diversos veículos de imprensa, organizações sindicais e movimentos sociais, denunciou o descaso dos governos com as milhares de vidas perdidas para o coronavírus. Também foi prioridade do Fórum a luta pela valorização dos servidores entre os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização e também a bandeira #VacinaParaTodosJá.

A Covid-19 chegou para mostrar a importância de valorizar o serviço público. Devemos exaltar o trabalho hercúleo dos servidores, que cumprem as suas funções sem infraestrutura necessária. Foi pelas mãos dos servidores públicos que foram desenvolvidas as vacinas. É pelas mãos desses trabalhadores que a vacina está sendo aplicada na população. Além disso, são os servidores que estão na linha de frente, nos hospitais e escolas, enfrentando a pandemia diariamente com condições precárias, arriscando suas vidas para salvar outras.

Por isso, a importância do serviço público se faz ainda mais urgente e necessária nesse cenário trágico. Caso o Brasil fosse hoje, formatado nos moldes de Estado mínimo, como propõe a Reforma Administrativa que tramita na Câmara Federal com a PEC 32/20, estaríamos sem o mínimo amparo.

Afinal, mesmo com todos os problemas de falta de investimento e todo descaso dos governos, são os serviços públicos que estão salvando o Brasil de uma tragédia ainda maior. Se hoje estivéssemos sob o julgo das medidas apontadas pela Reforma, corríamos o risco de não termos profissionais da saúde atendendo a população e a produção de vacinas estaria totalmente comprometida pelos interesses econômicos. O desmonte dos serviços públicos faz parte de projeto de privatização que priva os que mais precisam dos direitos básicos inerentes à vida.

Ainda não acabou. Falta muito para o Brasil sair da margem de risco. O FOSPERJ lamenta as mortes que poderiam ter sido evitadas e clama para que a situação do país melhore – ciente de que isso só será possível por meio de grandes mobilizações e pressão por parte da sociedade.