Deputado Rosenverg Reis (MDB) propõe a não punição dos gestores responsáveis pelo prejuízo e deputado Márcio Pacheco (PSC) estuda legalidade da proposta.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Previdência Pública do estado do Rio de Janeiro, a famosa CPI do RioPrevidência, pode “acabar em pizza”. Isso porque deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) querem levar para votação em plenário um novo relatório, que não inclui nenhum tipo de punição aos envolvidos.
Em 2016, servidores aposentados e pensionistas tiveram salários atrasados e muitos deles sobreviveram de doações para não passar fome. Após cinco anos, a CPI do RioPrevidência, presidida pelo deputado Flávio Serafini (PSOL), descobriu o motivo do descaso: gestões irresponsáveis levaram a um prejuízo de R$ 17 bilhões no órgão, dinheiro desviado e que seria utilizado para pagar os salários de pensionistas e aposentados. Por conta disso, o relatório pediu a responsabilização de 16 pessoas no ano passado, incluindo os ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.
Agora, correm na Alerj iniciativas para que os resultados consignados no Relatório da CPI sejam esvaziados. Durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Márcio Pacheco (PSC) pediu vistas e adiou o envio do relatório final para o plenário. Além disso, o deputado Rosenverg Reis (MDB) propôs emendas que retiram a responsabilização dos gestores responsáveis pelo prejuízo.
O Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (FOSPERJ) alerta os servidores estaduais sobre esta ameaça aos nossos direitos e exige que as conclusões da CPI sejam levadas ao final e que os envolvidos no desvio sejam punidos. Há muito dinheiro da classe trabalhadora envolvido nesse rombo do estado. Até quando os servidores estaduais pagarão a conta das más gestões?
Em busca de respostas, o FOSPERJ convoca os servidores públicos estaduais de todas as categorias para um ato público em frente a nova Alerj – Rua da Ajuda, nº 5 (Centro), nesta quinta-feira (5/5), às 15h. Vamos ocupar as galerias durante a sessão e exigir a votação do relatório na íntegra!