No dia 1º de março, o governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, vetou o Projeto de Lei nº 3.246 da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que autorizava a compra de vacinas contra a Covid-19. Os servidores públicos do Rio de Janeiro, que compõem o Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (FOSPERJ), em reunião na última quarta-feira (03/03), repudiaram tal atitude do governador.
Castro chegou a declarar que a compra de vacinas “gerará aumento de despesas”. Importante frisar que tal declaração foi realizada na semana em que o Brasil bateu recordes em mortes pelo coronavírus, chegando ao terrível número de 1.910 mortos no dia.
O FOSPERJ considera inadmissível que, neste momento de perda de milhares de vidas humanas, não haja uma ação concreta, o que inclui a compra de imunizantes, para que sejam mitigados os impactos da pandemia e reduzidos os números de mortos no Rio.
Neste cenário, ainda há o retorno das escolas, sem a vacinação dos profissionais da educação, o que pode gerar um aumento ainda maior dos casos de Covid-19 e a elevação do número de mortos no estado. Tendo em vista que está ocorrendo um debate no Congresso Nacional para que estados e municípios comprem vacinas, acreditamos que seja imprescindível tal medida no ERJ, para que se assegure a celeridade da imunização da população.
É importante que o governador interino garanta que não haja falta de vacinas para a população fluminense e que haja imunização urgente para todas e todos. É necessário levar o combate à pandemia a sério, pois caso o contrário, o Rio de Janeiro, juntamente com o Brasil, pode acumular números ainda mais exorbitantes de mortos e, pior, continuar sendo um criadouro de novas cepas do vírus. A defesa de vida deve ser a prioridade política e econômica neste momento.
