Voltar às atividades presenciais nas escolas públicas é colocar vidas em risco. É com esta afirmação que o Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (FOSPERJ) oferece seu apoio aos sindicatos e associações da educação nessa luta pela vida.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, liberou a reabertura das escolas e creches da rede municipal, colocando ainda mais tensão à comunidade escolar carioca. O número de mortes decorrentes da pandemia da Covid-19 continua elevado na cidade do Rio. São 12 mil vítimas até o momento, sendo 40 mortos e 500 novos casos só neste último final de semana. No estado, até agora, os casos somam 311.014, sendo 20.600 mortes.
A pandemia ainda não acabou e está longe de ser controlada, ao contrário do que se observa no comportamento dos governantes. A reabertura das escolas pode colocar em risco a vida dos profissionais de educação, crianças e adolescentes, pais e responsáveis, e demais integrantes da comunidade escolar.
Ao anunciar que as escolas poderão decidir de forma voluntária se vão abrir ou não, o prefeito descentraliza a decisão e coloca todo o peso da crise sanitária nas instituições de ensino. Por este motivo, o FOSPERJ, unindo-se às entidades de educação que o compõe, repudia esta atitude irresponsável e defende que a decisão de retorno às aulas presenciais deve ser unitária, centralizada e fundamentada em cuidados sanitários seguros, o que, ao que parece, não é o caso.
O Fórum cobra, ainda, políticas mais efetivas do governo quanto ao combate à pandemia, preparação das escolas, territórios e não um retorno por uma questão eleitoreira. É importante que a população tenha informações precisas sobre o planejamento do estado para que as famílias tenham perspectiva de futuro quanto à educação de suas crianças e adolescentes. A volta definitiva presencial às escolas só deve ser realizada quando a pandemia estiver devidamente controlada.